Desde 2020, com a pandemia da Covid-19 (SARS-CoV-2), as sociedades vêm se adaptando a uma série de restrições para diminuir o risco de contágio da doença, tais como protocolo de distanciamento e uso de máscara. Nesse contexto, o telejornalismo também precisou passar por mudanças para se manter no ar. Pensando nessas questões, a mestranda Tátyna Viana Barbosa desenvolve pesquisa voltada às reconfigurações nas rotinas produtivas do telejornalismo regional no Maranhão, levando em conta o cenário pandêmico.

Trajetória acadêmica
Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e especialista em Docência do Ensino Superior pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF), Tátyna Viana ingressou na segunda turma do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (PPGCOM/UFMA), campus de Imperatriz, em 2020.
Após alguns anos afastada da academia, a mestranda está realizando o desejo de cursar a pós-graduação em comunicação e retorna com um olhar curioso para os caminhos que a pesquisa aponta na área. “Me sinto parte do processo de construção do campo científico e espero que minha pesquisa possa servir de registro desta fase de mudanças”, menciona.
Tátyna Viana já atuou como professora substituta no curso de Comunicação Social – Jornalismo da UFMA, em 2015. No XIV Simpósio de Comunicação da Região Tocantina, em 2020, ministrou a oficina “Produção de texto para telejornal”. A pesquisadora é integrante do Grupo de Pesquisa em Comunicação e Cibercultura (GCiber), sob coordenação da Profa. Dra. Thaísa Bueno e vice-coordenação do Prof. Dr. Lucas Reino.
Pesquisa em telejornalismo
Com experiência de 12 anos de trabalho no telejornalismo, atualmente Tátyna Viana ocupa os cargos de editora e apresentadora na emissora de maior audiência no Maranhão, a TV Mirante – filiada à Rede Globo. Nesse ambiente, a jornalista convive diariamente com os impactos das transformações que a pandemia gera na profissão.
Para ilustrar o cenário, Viana cita as mudanças no modo de fazer noticiário televisivo, que vão desde a alteração mais emblemática e perceptível ao telespectador, como o uso da máscara durante as gravações de externa, às modificações na produção do conteúdo que é veiculado, como o uso mais acelerado da tecnologia e coprodução do público, das fontes e da audiência no processo jornalístico.
A partir da postura de pesquisadora atenta diante dessas reconfigurações, a mestranda se sentiu instigada a pesquisar sobre as mudanças nas rotinas produtivas do telejornalismo regional no Maranhão durante a pandemia da Covid-19. Sob a orientação do Prof. Dr. Lucas Reino, a dissertação pretende analisar como as transformações no fazer telejornalismo nesse período vêm ressignificando os métodos tradicionais de produção.

Desafios
Além do telejornalismo, as medidas de restrições impostas para conter a transmissão da Covid-19 modificaram os mais diversos âmbitos da sociedade, inclusive a educação. Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia e os governos e instituições adotaram protocolos de isolamento social, como a suspensão das atividades acadêmicas na UFMA. Este período coincide com o início do semestre letivo do PPGCOM, quando o calendário precisou ser interrompido e as aulas para a segunda turma retornaram somente em agosto de 2020, no formato remoto.
Para Tátyna Viana, o ensino remoto e a dificuldade de desenvolver a pesquisa de campo têm sido alguns dos principais desafios, já que ainda não é possível manter o contato presencial e as aulas são realizadas virtualmente. A mestranda chama atenção ainda para as dificuldades em conciliar a rotina da pesquisa, o trabalho como jornalista e a maternidade diante da pandemia, já que, segundo ela, as restrições limitam sua atuação e exigem cada vez mais cuidados com a saúde.
Visando superar os desafios, a pesquisadora conta com uma rede de apoio para ajudá-la quando é necessário se ausentar para a dedicação aos estudos. Tátyna destaca também o papel da turma do mestrado e do orientador, Prof. Dr. Lucas Reino. “O companheirismo dos colegas de turma me lembrando sempre que estamos no mesmo barco, além de incentivadores pessoais nessa jornada acadêmica que me abrem portas quando o caminho parece escuro, conto sempre com a compreensão do meu orientador nessa rotina puxada. Aliás, rotina tem sido uma palavra-chave na minha vida, que agora é a temática da pesquisa”, finaliza.
Quer saber mais sobre as pesquisas da mestranda Tátyna Viana? Visite o lattes clicando aqui.
Por Nayara Sousa